Susep contabiliza mais de 110 mil corretores de seguros registrados e os números da Federação Nacional de Corretores de Seguros (Fenacor) mostram que a profissão de corretor segue em alta com a digitalização. Matéria publicada pelo jornal Valor Econômico mostra que em 2018 eram 94 mil corretores de seguros em todo o Brasil e em janeiro deste ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou mais de 110 mil corretores aptos a exercer a função.
O presidente da Fenacor, Armando Vergilio diz que a tecnologia não vai encurtar o espaço para atuação da categoria. “Temos constatado que aquilo que poderia ser uma ameaça está se constituindo em excelente oportunidade de trabalho e de ampliação da nossa atuação e da base de negócios. Temos visto muitas parcerias e investimentos por parte dos corretores”, analisou o presidente da entidade.
Os corretores investem na qualificação diante do aumento da oferta de produtos e serviços. Tarcísio Godoy, diretor da Escola de Negócios e Seguros (ENS), disse que a organização emitiu 5,1 mil certificados de formação de corretores em 2019. Em 2021, 6,9 mil. “Antigamente, o profissional tinha de ir a grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro para se formar.
Com o ensino a distância, isso mudou. A certificação e os cursos de especialização podem ser obtidos de qualquer cidade do Brasil.”
Segundo ele, a demanda por profissionais acompanha o crescimento das vendas de seguros, que em 2021 deve ser de 12% sobre 2020, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Para 2022, o avanço estimado é de 2,6% a 9% nos cenários pessimista e otimista, respectivamente.
Estudo da Capgemini mostra que a tecnologia facilitou que o cliente tenha um primeiro acesso com a amplificação da oferta pela digitalização. Mas para fechar o contrato, o cliente acaba consultando um corretor na jornada de venda. Ainda lhe falta algo essencial: a capacidade de ‘aconselhar’ o cliente, afirma Gustavo Leança, head de soluções de seguros da Capgemini.
Fonte: CQCS